Congelar, Derreter e Quebrar
Meu trabalho traz a incorporação dos conceitos de congelamento, derretimento e quebra, centrados no corpo e no estado de presença em relação com utilitários de louça. As louças simbolizam relações humanas e são também uma metáfora para o corpo, estabelecendo um diálogo constante entre controle e fluidez, apego e desapego. Partindo das louças autônomas com uma aura humana e seguindo com as pinturas do corpo que se parte, como se partem as louças. Ao quebrar as articulações do corpo em minhas pinturas reflito sobre o impedimento da movimentação e do deslocamento. As tensões estão relacionadas ao medo de sentir e olhar para a dor profundamente e refletem os condicionamentos gerados pela sociedade. Nossa cultura treina a nós mulheres para negarmos a natureza, nos impõe restrições, arranca nossos pelos, nos ensina a agir na contramão da natureza, nos distanciando dos nossos desejos e nos condicionando a viver de acordo com a demanda, sendo que onde há imposição e regra não há vida, não há liberdade. As pernas e pés representam a possibilidade de autonomia, conexão com o chão e movimento. Ao apresentar essas partes quebradas trato da sensação de prisão que pode ser externa ou interna, e se mistura
My work incorporates the concepts of freezing, melting and breaking, centered on the body and the state of presence in relation to tableware utilities. The dishes symbolize human relationships and are also a metaphor for the body, establishing a constant dialogue between control and fluidity, attachment and detachment. Starting with autonomous crockery with a human aura and moving on to paintings of the body that breaks, as crockery is broken. By breaking the body’s joints in my paintings, I reflect on the impediment of movement and displacement. Tensions are related to the fear of feeling and looking at pain deeply and reflect the conditioning generated by society. Our culture trains us women to deny nature, imposes restrictions on us, plucks our hair, teaches us to act against nature, distancing ourselves from our desires and conditioning us to live according to demand, and where there is imposition and rule there is no life, there is no freedom. The legs and feet represent the possibility of autonomy, connection with the ground and movement. When presenting these broken parts, I deal with the feeling of imprisonment that can be external or internal, and is mixed